Estudantes Ganham Direito a Usar Cores do Brasil em Formatura nos EUA
Fonte: Comunidade News
Os estudantes puderam usar echarpes com a cor da bandeira do Brasil na formatura de segundo grau em Martha Vineyard, MA.
Uma decisão inédita em Martha Vineyard (MA) permitiu que estudantes brasileiros usassem echarpes (cachecol) com a cor da bandeira do Brasil na formatura de segundo grau. Mesmo correndo o risco de punição disciplinar, Andora Aquino e Fillipi Gomes estavam dispostos a pagar o preço, junto com outros brasileiros.
De acordo com o Vineyard Gazette, a controvérsia aconteceu na Martha’s Vineyard Regional High School. O diretor, Stephen Nixon, chegou a declarar que uma eventual desobediência deixaria os estudantes sem diploma. “Minha ligação nesta cerimônia é com os outros 157 alunos, não com os 10 que vão fazer da maneira deles. Se alguém desobedecer as normas da política de graduação, não receberá o diploma”, disse Nixon, sobre os brasileiros que queriam usar as echarpes personalizadas.
A declaração do diretor foi feita na noite em que o comitê da escola decidiu pelo uso das echarpes.
A polêmica teve início quando os brasileiros pediram permissão para usar o acessório na formatura. A negativa do diretor Nixon não impediu Andora e Fillipi de manter a decisão. Como argumento, os dois disseram que estudantes em formaturas anteriores utilizaram acessórios semelhantes, portanto o direito teria que ser dado também aos brasileiros.
A decisão favorável do comitê teve a participação de Robert Tankard. “Estamos causando mais problema do que deveríamos. Deixei-os ir e colocar em volta do pescoço”, disse ele, que ainda questionou se o uso do acessório acabaria com o desempenho escolar dos estudantes.
Vitória Brasileira
Roxanne Ackerman, outro membro do comitê, gostou da iniciativa dos estudantes. “Se eles querem vestir aquelas cores, adoraria saber quem estava feliz por vê-los se formar na Martha’s Vineyard Regional High School, sabendo o quanto longe foram”, disse ela. Para o imigrante inglês Leslie Baynes, os estudantes brasileiros estavam celebrando a cultura deles, e não precisavam mais esconder os países de origem, como acontecia anteriormente nos Estados Unidos.
Mesmo derrotada, a diretoria da escola não concorda com a decisão do comitê. “Acho que precisamos nos dar conta do que estamos fazendo. Se um grupo Nazista aparece amanhã, gostando ou não seríamos pressionados legalmente para não deixá-los usar uma tira no braço. Uma vez que você abre a porta, ela fica aberta. É minha única preocupação”, disse o Superintendente, Dr. James H. Weiss.
A presidente do comitê, Priscilla Sylvia, também se preocupa com possíveis reações negativas da comunidade, a qual se dividiu quanto à polêmica questão. Mas para o inglês Baynes, ameaças não deveriam intimidar o comitê escolar. Laurie Halt, assistente do superintendente, contou que usou um acessório floral na formatura, em 1981, feito pela mãe dela. “Significou muito para mim. É a graduação deles e penso que é muito importante que as vozes deles sejam coletivamente ouvidas”, afirmou ela.
A votação teve cinco votos a três. Com a aprovação, os estudantes brasileiros não seriam suspensos por dois dias.
Num discurso depois da votação, Alex Parker lembrou que o uso de echarpes diferentes celebra a unidade das classes. “Nossos estudantes brasileiros estão orgulhosos, trabalham duro, são brilhantes e estão aqui para ficar. Portanto, está na hora de nós, como uma comunidade, dar a eles o respeito que merecem”, disse ele, recém formado pela Emory University.
Reproduzido com permissão e em parceria com a Comunidade News. Leia outros artigos da Comunidade News.
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