Após Ataques de 9/11, Brasileiro Entra para o Exército Americano
Fonte: Comunidade News
O soldado conta que chegou a enviar uma carta ao então presidente George W. Bush explicando sua situação e pedindo ajuda.
No dia 11 de setembro de 2008, exatamente sete anos após os atentados contra Nova York e Washington que mataram quase 3 mil pessoas, o brasileiro Bruno Bonaldi desembarcava no Iraque como integrante de um batalhão de fuzileiros navais americanos enviados para lutar no país.
A temporada de sete meses na província iraquiana de Al-Anbar foi a realização de um sonho iniciado ainda na adolescência e que se tornou mais forte com os ataques de 11 de setembro de 2001.
“Quando aconteceu tudo aquilo em 2001 e quando foi confirmado, depois, que foi um ataque, um ato terrorista, eu passei a ter uma vontade ainda maior de me alistar e de poder lutar pelo país”, disse Bonaldi, 29 anos, à BBC Brasil.
Dez anos após os atentados, de volta à casa onde vive com a mulher, a também brasileira Ana Paula, em Little Falls, no Estado de Nova Jersey, Bonaldi, que hoje é cidadão americano, diz que os eventos de 11 de setembro o tornaram mais patriota.
“Não nasci aqui, mas eu acho que sou ainda mais patriota hoje do que eu seria (se os atentados não tivessem acontecido)”, diz Bonaldi.
Trajetória
Nascido em Paranaguá, no Estado do Paraná, Bonaldi chegou aos Estados Unidos aos 11 anos de idade, com a mãe e os irmãos.
“Somos quatro irmãos, eu sou o mais velho. Meu pai já estava aqui havia cerca de oito meses e durante esse período juntou dinheiro para poder mandar nos buscar”, relembra.
No início, a adaptação ao novo país foi difícil.
“Eu sempre tinha aquela mentalidade de um dia voltar para o Brasil. Pensava: ‘Meus pais ficando ou não aqui, eu vou embora’. Minha vontade era sempre ir embora”, diz.
A mudança veio no segundo ano do Ensino Médio, quando o então adolescente assistiu a uma palestra na escola sobre as Forças Armadas e, mais especificamente, os Marines – como os fuzileiros navais são chamados nos Estados Unidos.
“Naquele momento eu já sabia que aquilo era o que eu queria para mim”, diz Bonaldi.
Bonaldi terminou o Ensino Médio em 2001, mesmo ano dos atentados. Imediatamente após deixar a escola, começou uma longa trajetória na tentativa de se alistar nas Forças Armadas.
Carta a Bush
A realização do sonho, porém, levou vários anos e incluiu algumas decepções. Até 2006, Bonaldi estava em situação ilegal nos Estados Unidos e não podia, portanto, se alistar.
“Desde 2001 tentei inúmeras vezes me alistar, mesmo sendo ilegal, mas sem sucesso”, diz.
O soldado conta que chegou a enviar uma carta ao então presidente George W. Bush explicando sua situação e pedindo ajuda.
“Escrevi dizendo qual era a minha intenção e perguntando se alguém podia fazer alguma coisa por mim. Explicando que eu não estava atrás de Green Card, o que eu queria era me alistar mesmo.”
Ele diz que recebeu uma resposta da Casa Branca, com a orientação de procurar o serviço de imigração e seguir as regras.
Seus pais acabaram conseguindo o Green Card por meio dos empregadores e, em 2006, Bonaldi finalmente conseguiu regularizar sua situação no país e ingressar nas Forças Armadas.
Reproduzido com permissão e em parceria com a Comunidade News.
Eu já servi o exército brasileiro agora pretendo entra na marinha dos EUA esse e meu sonho, pois pra mim seria um grande sonho a se realizado
Jefferson,
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