O Feriado de 4 de Julho
A história por trás das bandeiras, desfiles e fogos de artifício.
Quatro de julho é, sem dúvida, uma das datas mais festejadas nos Estados Unidos. Bandeiras hasteadas, estrelas e símbolos da independência invadem casas e ruas. Fitas vermelhas, azuis e brancas enfeitam as avenidas para as famosas paradas, regadas com muita música e fogos de artifício. Porém, mais do que um feriado nacional, o 4 de julho tem forte influência sobre a cultura americana em geral, pois marca a data em que foi assinada a declaração da independência do país.
Em meados de 1770, as relações entre as Treze Colônias e a Grã Bretanha estava deteriorando-se devido a uma série de medidas aprovadas pelo Parlamento britânico para aumentar a receita fiscal das colônias. Além da alta carga tributária que o Parlamento impunha sobre os colonos a fim de financiar sua defesa militar, as treze colônias também reivindicavam o direito de representação no Parlamento.
No ano de 1773, o boicote americano à taxação britânica do chá resultou no famoso episódio conhecido como “Tea Party”, onde colonos de Boston, Massachussetts, destruíram centenas de caixas de chá, retirando-as dos navios ingleses e jogando-as ao mar. Várias leis intoleráveis impostas pela Coroa Inglesa provocaram a convocação do primeiro Congresso Continental de Filadélfia, em 1774, pedindo ao Rei e ao Parlamento a revogação da legislação autoritária e igualdade de direitos aos colonizadores. Tais revoltas deram início à Guerra da Independência em 1775. Um ano depois, os colonos formularam a Declaração da Independência para proclamar a separação das 13 colônias americanas da Inglaterra. A declaração foi ratificada no Congresso Continental no dia 4 de julho de 1776, sendo este portanto, considerado o dia da independência dos Estados Unidos.
Pela primeira vez na história da expansão europeia, uma colônia tornava-se independente por meio de um ato revolucionário, construindo uma federação de estados dotados de uma grande autonomia e aprovando uma constituição política onde se consignavam os direitos individuais dos cidadãos, se definiam os limites dos poderes dos diversos estados e do governo federal, e se estabelecia um sistema de equilíbrio entre os poderes legislativo, judiciário e executivo, de modo a impedir a supremacia de qualquer um deles.
A Declaração dos Estados Unidos da América é inspirada nos ideais do Iluminismo e defende a liberdade individual e o respeito aos Direitos Fundamentais do ser humano.
“Consideramos estas verdades como auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.”
Uma das frases mais famosas contidas na Declaração de Independência dos Estados Unidos que representa o ideal americano de direitos humanos.